segunda-feira, 28 de abril de 2025

Literatura brasileira | Paulo Freire | Sebastião Salgado


Carlos Drummond de Andrade, é um dos maiores autores da literatura brasileira, considerado o maior poeta nacional do século XX. Integrou a segunda fase do modernismo brasileiro. Movimento cultural que repercutiu fortemente na sociedade, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas.                      A produção literária dele reflete algumas características do cotidiano, reflexões políticas e sociais. 

"Punhal de Prata já eras, punhal de prata! Nem foste tu que fizeste a minha mão insensata. (Cecília Meireles). 

"No caixão dourado como em berço de ouro, pequenino, levam-te dormindo. Acorda!" 
"Era um menino diferente 
Nunca quis ursinhos de pelúcia, nem coelhinhos de páscoa, nem cavalinhos de balanço
Só queria quimeras e hipogrifos, licornes e a fênix e dragões, que adivinhava, procurava, imaginava, desenhava.
Então apareceram os dinossauros de plástico, as tartarugas ninja, os monstros cibernéticos e os intergalácticos, e os intramagmáticos. 
Tudo pronto e reluzente e fabricou-se o videogueime que desenhava tudo muito mais depressa do que ele  
Depressa ele ficou igual a todos os meninos 
Nem chegou a saber que tinha sido diferente 
E agora estuda administração de empresas do ramo de entretenimento".  
do livro: Miscelânea, pág. 59. 'Maria V. Rezende.
 
"Punhal que cortas meu pulso, punhal que furas meu peito, corte que fendes minha alma, diz-me lá, punhal de prata, diz-me, então, por qual defeito do modo em que foste feito me feres mas não me matas? Diz-me lá, punhal de prata, qual é a mão que te empunha, e ao coração maltratado que já sem vida ainda pulsa, corta na justa medida, fere na medida justa, e enquanto mata dá vida?" do livro:  Miscelânea, pág. 41                        (Maria Valéria Rezende)". Artigo publicado na secção Pensata do Jornal Cândido da Biblioteca Pública       do Paraná, em 28/9/2020.

 

digitalização: pintartedicoes

Diferentes Polos do Modernismo

Criam força ainda atuante, aberta ao futuro. Mário de Andrade em “O Movimento Modernista” quando ali se referiu, de um lado, à “estabilização de uma consciência criadora nacional” e, de outro, ao “direito de pesquisa estética e de atualização universal da criação artística” como duas conquistas básicas do movimento.

Às palavras de Mário de Andrade escritas em 1942, testemunharam o movimento, firmando uma hegemonia indiscutível.

1922 - De 13 a 17 de Fevereiro, no Teatro Municipal, realizou-se a Semana de Arte Moderna. Foi genuinamente um momento de Ruptura, coincidiu com o centenário da Independência do Brasil.

A partir/Referência da Folha de S. Paulo, Sáb, 8 de Fev, 1992. Letras (6º caderno).


Oswald decidiu escrever suas memórias em 1948, com 58 anos, seis anos antes de morrer. Iniciou-as como “Diário Confessial”, em junho daquele ano. Registrou na contracapa: “Para ser publicado em 1991, ou antes”. Estou em dúvida se as publico, mesmo porque, num dos cadernos ele afirma “impublicável como está”. Escrúpulos de um escritor.
Impulsionado por Antônio Candido, ele começou a transformar essas anotações em realidade, o que resultou no primeiro volume publicado da sua autobiografia “Sob as ordens de mamãe”.  O que resta são fragmentos esparsos relatando seus pensamentos e situações do fim da vida. Necessitaria uma pesquisa e ponderações a respeito do que é publicável, inclusive para não ferir espíritos sensíveis e pessoas ainda em vida, remexendo quintais tranquilos.
Passareis abaixo a transcrever alguns momentos desse diário, desculpando-me com os leitores por algumas falhas devido à dificuldade de interpretação dos manuscritos. Não tenho certeza se alguns trechos já foram publicados em artigos, na confusão dos escritos e divulgação da obra de Oswald. No entanto, estou certo de que devo ao público a informação do que representam estes testos reclamados por alguns amigos do escritor como obra a ser conhecida.
O “Diário” é um exercício descomprometido com os outros. Anotações polêmicas, agudas, críticas e rancorosas. Representam antes de tudo, um estado de espírito. Reflete a mágoa do seu abandono no final de vida, mas deixa transparecer a vivacidade juvenil de seu talento.

Na sofrida leitura que fiz - pela primeira vez­ - pensei: “Diário confessional” é um canto “jondo”, sem a música, silencioso; o uivo de um cão andaluz. É um pouco Lorca sufocado pela incógnita pena de morte. Por Rudá Andrade. Folha de S. Paulo - Sáb, 8 de Fev, de 1992. Letras (6º caderno)

Contos Pré-modernistas

A fase de transição entre a produção literária do final do século XIX e o movimento modernista, trouxe para as composições dos escritores brasileiros visões muitas vezes divergentes e outras vezes conturbadas. O que vemos nesse período são obras cheias de crenças e diferentes verdades.

No conto de Neto CoelhoO duplo. Que traz uma intrigante historia do “desdobramento da personalidade” da personagem. Onde o mesmo em meio a um súbito momento de inquietação, se vê como num espelho um ser tal como ele mesmo, fato que desperta um debate sobre o mistério sobre o que não conhecemos.

Monteiro Lobato em A colcha de retalhos, mexe com nosso imaginário. No conto, cada retalho costurado significava uma espécie de materialização dos sentimentos, de uma etapa da vida da neta da personagem Joaquina. O inusitado é que o ultimo espaço reservado para o ultimo retalho, que seria do vestido de noiva de sua neta não pode se concretizar. Daí o trato do autor os questionamentos sobre nossa forma de pensar, porque nem sempre as coisas saem como planejamos. A visão do mesmo para como nos comportamos diante de certas situações e como vemos o mundo a nossa volta. Essa talvez seja a essência trazida no contexto do conto de Lobato: Vermos além de nós mesmos.

O homem que sabia javanês de Lima Barreto, é um conto que narra à história de um malandro que, no começo do século XX, finge saber o javanês para conseguir um emprego e afinal fica famoso como um dos únicos tradutores desse idioma.

Lima Barreto faz uma crítica à sociedade, pois o Brasil encontrava-se em uma fase de transição. Na época o Brasil vivia a chamada política do “café-com-leite”, onde os grandes latifundiários do café dominavam a economia. Com tantos acontecimentos na historia pra contar, o autor utiliza uma linguagem simples que também pode ser observada na obra “A nova Califórnia”.


Tem o nome Literatura de Cordel porque os folhetos ficavam pendurados em cordões nos locais de vendas. Gênero brasileiro e popular de poesia, chegou junto com os colonos. Estavam ligados à divulgação de histórias antigas. Retratou acontecimentos, quando não havia jornais, rádio ou televisão. A poesia popular ocupou esse espaço por meio de cantorias, e mais tarde por escrito - impressos em tipografia rústica. Resumo da Revista Ciência Hoje - ano 17, n°144, 2004.










do folheto do autor: Crispiniano Neto
































Exposição no Sesc - Santos.
Publicado: 17/5/2023.

Roteiro


















 Prof. Marco Machado - Infnet/RJ, 2013.

Biblioteca Nacional - RJ, 1989.




























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